domingo, 15 de maio de 2011

Perdoa por te amar...


Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieto,
muito quieto,
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora

Um comentário:

  1. Huuum "Ternura" eu adoro, sou mesmo muito fã!
    E se pra ser bom feito Vinícius de Moraes, todo
    poeta tiver de ser também "pegador" e bêbado rs
    que assim seja para todos nós kkkkkkkkkk bjs;)

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